segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Classes A e B consideram imóveis de Natal caros

 
A matéria foi veículada na Tribuna do Norte no final do ano passado. E qual a sua opinião? Deixe seu comentário no fim do post.

O ano de 2010 foi marcado pelo reposicionamento do mercado imobiliário no Rio Grande do Norte, com a explosão de vendas e uma verdadeira corrida em busca da casa própria ou um bom investimento. O aquecimento da área de imóveis surgiu principalmente graças ao bom momento da economia brasileira e às facilidades de acesso a crédito para financiamento de imóveis por meio de programas como o Minha Casa Minha Vida.

ana silvaCom preços altos, construtoras começam a se movimentar para unir alto padrão e valor acessívelCom preços altos, construtoras começam a se movimentar para unir alto padrão e valor acessível
No segundo semestre, outro cenário começa a se desenhar no mercado imobiliário. Depois do aumento dos preços dos terrenos em Natal - em que os imóveis na cidade ficaram quase impraticáveis - as empresas ligadas à construção civil estão buscando reduzir custos para se tornar mais competitivas e oferecer preços justos à população.

Nesse mesmo período, a Consult realizou uma pesquisa de mercado em Natal para saber que tipo de imóvel os potiguares desejam comprar. O público alvo foram as classes A e B, que representam 14% da população local. O levantamento apontou que eles consideram altos os valores dos imóveis em Natal.

Do total de entrevistados, a maioria de 46,5% aceitaria adquirir um imóvel de até com 60m², ao valor de R$ 129.990 reais. Em segundo lugar, 35% dos entrevistados - o que dá aproximadamente 7.840 famílias - se interessaria em comprar um apartamento de 110 metros quadrados, ao preço de R$ 259.900 reais.

 Os resultados da pesquisa fizeram algumas empresas natalenses ligadas à construção civil despertarem para o fato de que precisariam buscar preços mais adequados à realidade do natalense, e não pautá-los pelos valores praticados em outras regiões do país como vinha ocorrendo.

Diante disso, o primeiro desafio para imobiliárias, incorporadoras e construtoras foi conseguir reduzir custos sem perda de qualidade. Entre as primeiras a identificar essa tendência estão a Tecnart Engenharia, com mais de 20 anos no mercado potiguar, e a imobiliária Caio Fernandes, que atua na área há mais de 18 anos. Juntos, eles estão lançando o empreendimento Ponta do Mar, em Ponta Negra, que terá o metro quadrado na Zona Sul de Natal a R$ 2.570, com diferenciais de infraestrutura como academia, piscinas, salão de festas, playground e quadra poliesportiva.

Para chegar ao preço mais baixo, o grande diferencial foram as negociações em Natal. “O que muda é a negociação. Por sermos daqui, conseguimos negociar terrenos com excelentes localizações por valores que empresas de outras regiões e de outros países que atuam em Natal não conseguiriam por não possuir bons contatos locais”, detalha Caio Fernandes, presidente da imobiliária que leva o seu nome.

Além disso, ele acrescenta que as empresas de fora do estado são obrigadas a fazer vultosos investimentos em publicidade para tentar tornar a sua marca mais familiar aos natalenses. A análise é reforçada pelo diretor-presidente da Tecnart Engenharia, Carlos Luiz Cavalcanti. “Uma empresa de fora tem muito mais custos, pois precisa deslocar equipes, fazer inúmeras viagens e ainda montar um escritório local. Elas também perdem principalmente na hora de contratar mão-de-obra especializada daqui e até mesmo trazer funcionários de fora. As firmas daqui saem na frente por já dispor do seu quadro fixo de trabalhadores”.

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